"Governos fortes caem, outros se levantam, países se dividem
E as formigas e abelhas continuam fiéis ao seu trabalho."
Curta-metragem "Cemitério da Memória"
sábado 1930
Há cidades que não vem à tona
ficam entre nós, eternamente submersas
domingo 1940
Herói de batalhas de confete
e lança-perfume,
as únicas batalhas que admiro
segunda-feira 1950
Já não és a cidade confidencial
e borralheira de outrora…
terça-feira 1960
Inverte-se enfim a arquitetura,
onde havia pedra
resta agora outra figura:
Ruina em que o oceano
se ajoelha e bate, eternamente bate, mas onde jamais se apura
quarta-feira 1970
É preciso parar os ponteiros
no fim do sonho, enquanto é tempo
quinta-feira 1980
Quem não encontrar poesia no infinitamente pequeño jamais a encontrará no infinitamente grande
sexta-feira hoje
A memória é uma construção do futuro
mais que do passado
Aqui jaz um século que se chamou moderno e olhando presunçoso o passado e o futuro julgou-se eterno; século que de si fez tanto alarde e, no entanto, já vai tarde;
agaradecimentos: blog "eu-lírico"
Um comentário:
Que post... incrível! A última frase é excelente.
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