Abraçar ela era de todas as cores do mundo. O nosso beijo
tinha gosto de manjericão fresco, recém colhido do quintal e ainda úmido do
orvalho, suavemente rasgado com as mãos meio tocadas pela terra. Estar com ela
fazia eu me sentir parte de um todo maior, de um universo que se expandia
infinitamente a cada respiração. Me dava a certeza de que eu era a Terra. Eu era o Universo e tudo estava acontecendo ao mesmo tempo e o gosto
dela era o gosto da Vida. E era incontestavelmente bom. E a linguagem ainda não
inventou palavras pra descrever como eu me sentia. E acho que por isso era
amor, e por isso era diferente de amizade.
7.11.13
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