21.9.09

da série de pequenas confissões que eu não deveria escrever

(...) olhei pra ela com um aperto no coração, um estranho nó na garganta que eu não sabia de onde vinha e falei: "Vai lá, não precisa ficar aqui comigo. Vai te divertir". Respondeu sem hesitar, como as pessoas modestas responderiam a um elogio "Não, evidente que não. Vou ficar aqui."
E então eu reuni toda minha educação e minha energia naquela costura de palavras que significavam o completo oposto do que eu realmente gostaria de ter dito: "Eu vou ficar bem, pode ir". Aí ela me fitou e, mirando no fundo dos meus olhos, disse: "Eu não quero."

(...)
certamente ela não queria sair do meu lado com medo de topar com o ex-namorado no meio da multidão, e embora eu saiba disso melhor que ninguém, ainda me arranca um sorriso sempre que imagino ela querendo ficar do meu lado simplesmente por ser o meu lado.

3 comentários:

Anônimo disse...

E as garotas estavam lá. Uma delas confusa, em meio a multidão de rostos. Estava realmente feliz mas porque estava sendo mandada embora? Ela sentia um aperto no coração... Uma vontade de ficar. Afinal estava exatamente onde queria estar.

Lucy disse...

"estava exatamente onde queria estar"
alguém aqui anda muito Clementine. e isso não é ruim.

Mellanie F. Dutra disse...

inspirações aleatórias? duvidei. isso tem cara de passarinho verde onisciente :) mais uma vez, eu sinto um imenso orgulho de ti. quero ser que nem tu quando eu crescer (se é que eu crescerei.) (L)

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